A fé é o alicerce de nossa relação com o Senhor. Pela fé somos salvos, sem fé é impossível agradar a Deus, o justo viverá pela fé, somos curados mediante a fé. Enfim, compreender a importância da fé é fundamental para compreender o cristianismo. A fábula ”A loja mágica de brinquedos” lida especificamente com esse assunto: a importância de acreditar. É claro que, na história do filme, a crença não tem nada a ver com Cristo: na tal loja do título, todo brinquedo ganha vida… mas somente aos olhos de quem crê! A partir dessa história fantasiosa, estrelada por Dustin Hoffman e Natalie Portman, é possível tirar boas lições para as crianças sobre a necessidade de acreditar naquilo que é invisível ou no que nos parece impossível. No final, ”A loja mágica de brinquedos” pode se tornar uma parábola útil a serviço do Evangelho.
A fé é, sem dúvida, a principal mensagens, mas não a única. Além de frases sobre a importância de acreditar, como ”você tem que crer para ver” e “com fé e amor, este pedaço de madeira é um contador mutante”, o senhor Magorium, personagem de Dustin Hoffman, apregoa que ”sua vida é um evento especial, esteja à altura”, um incentivo precioso à valorização da vida que nos foi presenteada por Deus.
Em alguns momentos, porém, o cristão vai fazer careta. Quando um certo personagem anuncia que vai morrer (não revelaremos quem para não estragar a surpresa), outro lhe pergunta: ”Você vai para o Céu?”. Ao que o primeiro responde: ”Céu, Campos Elíseos, Shangrilá ou voltar como um animal”. Ou seja: o conceito bíblico do Paraíso após a morte é substituído por possibilidades pagãs. Para nossas crianças, é uma mensagem que precisa ser esclarecida com cuidado.
Tecnicamente, o diretor soube aproveitar bem os enquadramentos de câmera, com planos inferiores e superiores, closes bem pensados e movimentos de travelling competentes. Com isso, criou uma atmosfera que propicia o surrealismo de muitas partes do filme.
Mas, apesar das boas mensagens e da precisão técnica, há certos poréns. Lembra de ”A fantástica fábrica de chocolate”, o filme mágico preferido da gurizada dos anos 70? Com suas cores e músicas e o impossível que acontecia, a indústria de Willy Wonka era o local onde toda criança gostaria de estar. Pois “A loja mágica de brinquedos” tinha tudo para ser ”A fantástica fábrica de chocolate” da primeira década do século 21 exatamente pelos mesmos motivos: que menino ou menina não sonharia em passar um tempo num local cheio de brinquedos que ganham vida? Só que, lamentavelmente, o longa-metragem fica aquém das expectativas. Vá lá, a produção transmite lições morais e fala sobre a importância de acreditar. Mas o roteiro é fraco e doses desnecessárias de realismo atrapalham a magia e o encanto que a propaganda promete. No final, a não ser que você seja uma criança que se deslumbre com qualquer efeito especial, a loja é mágica, mas o filme não é tanto quanto poderia ser.
Maurício Zágari Tupinambá
Equipe CINEGOSPEL
Estréia prevista no Brasil: 15/11/2007
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