É interessante vermos filmes cujos personagens refletem o lado podre do ser humano. Afinal, isso mostra a decadência da nossa espécie e ressalta a importância de obtermos a redenção. Em Provérbios 6.16-19, nós lemos: ”Há seis coisas que o Senhor detesta; sim, há sete que ele abomina: olhos altivos, língua mentirosa, e mãos que derramam sangue inocente; coração que maquina projetos iníquos, pés que se apressam a correr para o mal; testemunha falsa que profere mentiras, e o que semeia contendas entre irmãos”. ”Conduta da risco” mostra pessoas que concentram em si todas essas características. Ao olharmos para elas, nos perguntamos: será possível sair desse lamaçal de lodo? O personagem de George Cloney, Michael Clayton, prova que sim: há conserto para o pior dos calhordas.

O roteiro de ”Conduta de risco é um primor em termos cinematográficos e éticos. Mostra com talento a realidade como ela é e ratifica a verdade de que nunca é tarde demais para fazer a coisa certa. O que chateia é saber que a forma como isso é apresentado é desnecessariamente obscena e desbocada. Do jeito que os diálogos são construídos, parece que todos os seres humanos do mundo só sabem se comunicar se a cada cinco palavras falarem dez palavrões e vinte expressões obscenas. Pra quê? Totalmente desnecessário.

Maurício Zágari Tupinambá
Jornalista e professor de Teologia
Equipe CINEGOSPEL
[…] Conduta de risco […]