Batman – O Cavaleiro das Trevas * Crítica

9 08 2008

Tomando para si toda a culpa!

Batman – O Cavaleiro das Trevas é uma história sobre abnegação, escolhas e sobre o sofrimento de poucos (ou de um só) para o bem-estar da maioria.

Quando Batman Begins surgiu, ficou muito claro que os filmes dos diretores
Tim Burton e Joel Schumacher deveriam ser
definitivamente esquecidos. O nome já indicava o início
de uma nova franquia com o quase septuagenário
personagem. A intenção era mostrar um Batman em
um mundo crível, cheio de políticos gananciosos e corruptos que possuem ligações com o crime organizado, onde até a polícia se encontra vendida!

Quando Batman – O Cavaleiro das Trevas começa, o herói já é uma realidade viva e estampada no coração da cidade de Gotham. Ele luta ferozmente contra o crime organizado, busca proteger do perigo “candidatos a auxiliares de homem morcego” e enfrenta terríveis e loucas ameaças que procuram instalar caos total entre a sociedade. É justamente neste ponto que encontramos a    contra-parte do Cavaleiro das Trevas, o Coringa (Heath Ledger, em seu último e assustador trabalho). Esqueçam as traquinagens vividas pelo Coringa na pele dos atores César Romero ou Jack Nicholson (tais como flores que borrifam água ou revolveres com bandeirinhas escritas “BANG”). O negócio agora é fazer lápis desaparecer!!! (assista e confira por si mesmo).

Mas o Cavaleiro das Trevas de Gotham não se encontra sozinho. Ao seu lado ainda permanecem o tenente Jim Gordon (o excelente Gary Oldman), a jovem assistente da promotoria Rachel Dawes (vivida agora pela atriz Maggie Gyllenhaal), o fiel mordomo Alfred (o preciso Michael Caine) e Lucius Fox (o frio e debochado Morgan Freeman). Mas eis que surge um “Cavaleiro Branco”, o promotor de Justiça, Harvey Dent (Aaron Eckhart) que luta, sem medo, contra a corrupção revelando ser, passo a passo, um símbolo de uma luta que pode chegar ao fim, quando encontrar o apoio e a coragem da população. Tudo isso, e muito mais, é Batman – O Cavaleiro das Trevas! Um longa com ação, suspense, drama e (pasmem) neurônios!

Muitas cenas merecem destaque: o traficante chinês sendo entregue à justiça de Gotham (hilária) o duelo de Batman com o Coringa nas ruas de Gotham (eletrizante), o interrogatório na cela (arrepiante) e o destino das duas balsas
(surpreendente). No entanto, todas estas cenas se
desfazem ante o duro (e injusto) sacrifício que a
personagem principal tem de fazer pelo bem do povo
de Gotham. Algo que nos faz lembrar, sem querer
forçar a barra, o texto de 1 Pe 2. 22: “carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós mortos para os pecados, vivamos para a justiça; por suas chagas, fostes sarados”.

Pr. Marcelo Eliziário Vidal

Pr. Marcelo Eliziário Vidal
Igreja Presbiteriana do Caju (RJ)

.

.

CotaçãoCotaçãoCotaçãoCotaçãoCotação

.

.

.

.