Jogos Mortais 4 * Crítica

23 10 2007

Jogos mortais 4 Hemácias em profusão

O primeiro ”Jogos Mortais” foi um filme criativo, com roteiro bem escrito, uma trama psicologicamente densa e final surpreendente. Isso apesar de ser violento e ter cenas de dar nó no estômago. Mas cometeu o pecado capital: faturou alto. O resultado é que virou franquia e, como muitas séries de cinema, perde fôlego a cada novo episódio. Agora, em ”Jogos Mortais 4”, a exaustão da trama é tão grande que o resultado é uma história confusa, rocambolesca e sem um décimo do charme do primeiro. E sangrenta. Muito sangrenta. Nada além de sangrenta. Na falta de boas idéias, corte uma artéria que está tudo certo.

Jogos mortais 4_2Os primeiros dez minutos já prenunciam o que virá, começando com uma autópsia desnecessariamente explícita, com crânio sendo serrado, cérebro arrancado, pele tirada, órgãos à mostra…um show de mau gosto. Logo depois, vemos dois homens num embate que é sangue para todo lado. Todas as fórmulas se repetem, da trilha sonora ao estilo de edição. Déjà vu total. Quando o longa-metragem acaba, é preciso parar, pensar e refletir para tentar entender o que afinal aconteceu. E o fim é incompreensível para quem não viu o terceiro filme, extremamente confuso.

Infelizmente, de trama inteligente a série virou um mero pretexto para mostrar hemácias em profusão. Só quem vai gostar de ”Jogos Mortais 4″ são os fãs incondicionais e os sádicos de plantão. Para os cristãos, não tem nada a oferecer. Já é hora de deixar o assassino Jigsaw descansar em paz.

Maurício Zágari Tupinambá
Equipe CINEGOSPEL

Cotação: Bom

[veja o trailer]


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