O Incrível Hulk * Crítica

24 06 2008

Um bom gibi nas telas

Um bom gibi nas telas. É assim que definimos o novo longa-metragem que tenta reativar a vida do verdão nas telas. Em 2003, o Hulk estreava nos cinemas pelas mãos do competente e criativo diretor Ang Lee (“O Tigre e o Dragão”). Porém o público não recebeu muito bem a ousadia do diretor. Agora, sob a batuta de Louis Leterrier (“Carga Explosiva”, “Cão de Briga”), o Gigante Esmeralda recebe uma nova chance.

Sempre ao me deparar com o personagem, o texto de Romanos 6. 6 me vem à mente: “Porque nem mesmo compreendo o meu próprio modo de agir, pois não faço o que prefiro e sim o que destesto.” É lógco que a sentença se aplica ao pecado e à realidade do velho homem que ainda milita com o novo homem, a nova criação, em Cristo Jesus. Esta é a luta que permanecerá ferrenha e sem possibilidade de reconciliação até a volta do Senhor. No filme, David Banner procura, desesperadamente, uma cura para o mal que lhe aflige. E nós já buscamos, e encontramos, a cura para o nosso mal, o pecado: “Agora, pois já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte”. E ainda: “E, assim, se alguém está em Crito, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.” Pense nisso e viva grato a Jesus Cristo: Nosso Senhor, Salvador e Libertador!

A história praticamente apaga a anterior e, portanto, este filme não é um “Hulk 2”, mas sim uma nova empreitada. Na história, Bruce Banner (Edward Norton) busca a cura para o seu mal, ocasionado pela exposição excessiva à radiação gama que envenenou suas células e que, em momentos de fúria ou medo, libera a incontrolável e ilimitada fera que habita em seu interior: o Hulk (o início do filme homenageia a abertura clássica do seriado oitentista). Assim, vivendo no anonimato e arrancado da vida que tinha e da mulher que ama, Betty Ross (Liv Tyler), Banner luta para evitar a caçada sem trégua de seu maior inimigo, o general Thadeus “Thunderbolt” Ross (William Hurt), que visa a capturá-lo e explorar o seu poder. Para isso, o general usa a determinação (ou obsessão) do oficial Emil Blonsky (Tim Roth), que recebe em seu corpo doses maciças do soro do supersoldado (que nos quadrinhos da Marvel criaram o Capitão América) e que acaba, após um acidente, se transformando na horrenda máquina de destruição chamada Abominável.

Todos os atores se mostram competentes em seus papéis (com destaque para Tim Roth, que sabe fazer um vilão como ninguém), mas o desenvolvimento da trama é simplista demais! De uma hora para outra, num estalar de dedos, todos os gigantescos problemas são solucionados como num passe de mágica (ou seria como num bater de palmas à la Hulk?).

De qualquer maneira, O Incrível Hulk é um bom gibi da personagem. Diversas referências à histórias clássicas sobejam. A ação é extremamente competente e empolgante e o que é melhor: ela não agride e nem ofende o espectador (de oito ou oitenta anos) o que nos atuais (e violentos) dias é um refrigério. Há também aquela sensação de gostosa de continuidade gerada pelas referências a outros heróis e vilões dos quadrinhos Marvel, uma grande idéia que teve início em Homem de Ferro (Iron Man, 2008) e que é repetida, instigantemente, aqui!

Pr. Marcelo Eliziário Vidal

Pr. Marcelo Eliziário Vidal
Igreja Presbiteriana do Caju (RJ)

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24 06 2008