Kung Fu Panda * Crítica

7 07 2008

A marca dos que vencem

Uma tarde pra relaxar, boa companhia e pipoca. Eis aí bons ingredientes que vão fazer de Kung Fu Panda a maior diversão.

Não há demérito algum na afirmativa acima. A proposta da animação da Dreamworks é essa e surge como um oásis cheio de risos num tempo aonde as férias chegam e a cabeça quer se divertir. E ainda faz tudo isso sem ferir a inteligência dos adultos e das crianças. Po, o panda do título, é um grande fã de Kung Fu. Apesar de não saber como lutar, é misteriosamente escolhido como aquele que irá cumprir a profecia e tornar-se o Dragão Guerreiro, o único que seria capaz de derrotar o terrível Tai Lung. A partir dessa escolha ele é submetido aos treinamentos de mestre Shifu junto com seus ídolos, Mestre Garça, Tigresa, Louva-Deus, Víbora e Macaco, grandes lendas da arte marcial.

Jack Black, (voz e Po) e Dustin Hoffman (Shifu) formam uma dupla cheia de química, essencial para a vocação cômica do filme. O Panda, desengonçado e brincalhão, faz um divertido contraste com o humor ácido e carrancudo do Mestre, evocando e fazendo graça com os clichês dos filmes de artes marciais. Além do entreternimento, Kung Fu Panda expõe valores importantes na formação das crianças de 0 a 100 anos. A confiança em si, a despeito da visão dos outros e das limitações aparentes e a capacidade de perseguir seus ideais (marcas do positivismo americano) estão presentes nessa história, já que o gordinho e desajeitado Po nos mostra que podemos ser grandes heróis quando se tem fé, perseverança e acham em nós o jeito certo para “apertar os botões” do aprendizado.

Quem disse que com a vida cristã as coisas são diferentes? O Apóstolo Paulo mesmo que percebia que nada era sem Cristo e que tudo podia com Ele (Fp. 4.13). A recomendação da Bíblia é que os cristãos devem, como os antigos, perseverar (At.2.42-47). E isso inclui lutar contra os “três poderes“:o mundo que vive nos dizendo que não é importante conhecer a Deus e segui-lo de perto; a carne, adversário interno que carregamos para os quatro cantos que insiste em nos seduzir a trilhar outros caminhos que não o do Pai; e o diabo inimigo astuto, tentador e acusador de nossa consciência. Tudo isso luta para que não sejamos achados fiéis imitadores do Mestre. Graças a Deus que em Cristo, somos, sempre, sempre e sempre: mais do que vencedores não por nós, mas por meio daquele que nos amou (Rm.8.37).

Panda e Paulo concordam. A perseverança é a marca daqueles que vencem.

Pr. Felipe Telles - Igreja Presbiteriana da Gavea
Pr. Felipe Telles
Psicólogo e Pastor Auxiliar
Igreja Presbiteriana da Gávea (RJ)

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