Bratz – O Filme * Crítica

11 10 2007

bratz ”High School Musical” genérico mas positivo

Elas são superamigas de infância, até que entram numa nova escola. Lá, cada uma se envolve com um grupo diferente – afinal, como em todo colégio dos Estados Unidos retratado no cinema, existe uma segregação voraz entre nerds, atletas, artistas, patricinhas, populares, perdedores… O resultado é que a amizade das meninas desmorona. Até que…

Bratz 1Seja sincero: a quantos bilhões de filmes você já assistiu que têm exatamente essa história? É de perder a conta. Pois some mais um à lista: “Bratz – O Filme”. Mas, por incrível que pareça, este tem um conteúdo louvável pela ótica cristã. Artisticamente, não vale o dinheiro do ingresso, a não ser que você seja uma menina de 5 a 12 anos de idade. E não é por menos: o longa-metragem na verdade é uma grande propaganda para ajudar a vender as bonecas Bratz, as maiores adversárias da Barbie nas lojas estado-unidenses. Mas como pode um filme bobo desses, visivelmente feito na esteira do sucesso de ”High School Musical”, ser indicado para cristãos?

Bratz 2Diferentemente das bonecas que personificam, as quatro heroínas da trama não são hiper-sexualizadas, embora vistam roupas na maioria das vezes descoladas e provocantes. Todas as situações de romance são inocentes e sutis e os rapazes por quem as jovens se interessam são todos muito cavalheirescos e decentes. Elas valorizam a amizade, a humildade e a lealdade, posicionam-se contra a segregação e decidem fazer-se amigas de todo mundo. A conclusão do grupo é que cada um pode ter interesses individuais e ainda assim estabelecer fortes laços de amizade. Os personagens são incentivados a tirar suas máscaras sociais e assumir seus verdadeiros ”eus”. A caridade e a abnegação também estão em alta no roteiro: três das amigas combinam que, se uma delas ganhar um concurso de talentos cujo prêmio é uma bolsa de estudos, vão presentear a quarta com a premiação, visto que ela tem menos condições financeiras que as demais.

Uma surpresa adicional: a presença de um coral gospel, que canta junto com as Bratz no show de talentos.

Bratz 3E se há um ponto que merece palmas é o respeito que as jovens demonstram por seus pais. Ao contrário do que ocorre em muitos filmes de Hollywood, em que os adultos são vistos como imbecis, opressores, quadrados, otários, múmias ou coisas piores, em ”Bratz” os pais são amorosos, amigos e altamente considerados por suas filhas. Esse companheirismo é demonstrado, inclusive, em público, sem reservas.

As atuações são fraquíssimas e a história é a xêpa da sobra da comida requentada. Manjadíssima. Mesmo assim, com o devido alerta para as roupas e para um certo consumismo que marca as personagens, ”Bratz” não atola no lodo de mensagens imorais que assolam Hollywood. Pelo contrário, surpreende pelo bom exemplo. Para meninas, é um bom programa. Se gostaram de ”High School Musical”, então, vão amar este genérico.

Maurício Zágari Tupinambá
Equipe CINEGOSPEL

Cotação: BomCotação: BomCotação: Bom

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